APOIO A CAMPANHA CONTRA TRANSGÊNICOS DA ONG GREENPEACE

12/11/2010 20:59

 

Durante o segundo semestre de 2004, o Greenpeace esteve em 11 capitais do País, levando a discussão dos transgênicos para as ruas

O ano está acabando e nossa campanha "Essa não dá para engolir" está apenas começando. Durante o segundo semestre de 2004, estivemos em 11 capitais do País, levando a discussão dos transgênicos para as ruas. Mais uma vez, ficou claro que a falta de informação no Brasil, quando se fala de transgênicos, é um problema sério. Mas por outro lado há uma vontade muito grande das pessoas de saberem o que estão comendo.

Entre 15/10 e 08/12, distribuímos 100 mil Guias do Consumidor em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Cuiabá, Brasília, Salvador, João Pessoa, Recife e Fortaleza. Conversamos com milhares de pessoas, visitamos cerca de 80 restaurantes e constatamos que nem mesmo seus proprietários, pessoas que lidam com a alimentação profissionalmente, sabem o que estão comercializando.

E o resultado de todo trabalho já apareceu. No momento, nove empresas da lista vermelha estão se comunicando com a gente, com o objetivo de mudarem para a lista verde. Esta é uma vitória que devemos comemorar juntos. Graças a cada um de nós que se mobilizou, correu atrás de informação, deixou de consumir produtos transgênicos e exigiu seus direitos, mais e mais empresas estão se comprometendo a não usar organismos transgênicos na fabricação de alimentos.

A todos os parceiros, sócios, grupos de voluntários, equipe do escritório e as pessoas que espontaneamente se juntaram a nós, muito obrigada. Todos são responsáveis por resultados como este. Continuamos em campanha, hoje e sempre.

DEPOIMENTOS DOS VOLUNTÁRIOS

A Campanha "Essa não dá para engolir" não teria o mesmo êxito sem o apoio de nossos voluntários. Pessoas conscientes e comprometidas com o meio ambiente que, ao saberem da passagem da campanha em suas cidades, arregaçaram as mangas e se juntaram a nós nesse trabalho de formiguinha.

Em todas as capitais por onde a campanha passou, contamos com a ajuda dos grupos locais. Em algumas cidades, pessoas que nunca tinham atuado com o Greenpeace resolveram fazer sua estréia como ativistas. Abaixo, as impressões de algumas delas.

 

Cuiabá 1

"Para mim, a atividade foi excelente. Tivemos uma boa cobertura da mídia, uma boa recepção nos restaurantes. No Mato Grosso, onde nosso governador é totalmente pró-transgênicos, precisamos de uma intensa atividade". Lucélio Costa Gonçalves, Membro do Grupo Garra, é sócio do Greenpeace há um ano. Ele soube da campanha quando recebeu nossa correspondência com o material informativo. Membro do Grupo Garra

Cuiabá 2

"Eu acho que ações como essa são importantes. Ainda mais aqui em Cuiabá, onde a população é tão carente de informação". Nádja Lammel, 19 anos, sócia há dois anos, recebeu um convite para a atividade por email. No final do dia, Nádja ficou com 200 exemplares do Guia do Consumidor, que foram distribuídos no Shopping de Cuiabá.

Recife 1

"Da atividade de consumidores, fui direto para o caminhão, foi um dia arretado. O maior problema é a desinformação, teve gente que veio me perguntar se transgênico e genérico era a mesma coisa". Marcelo Aleixo Torres, 22 anos, já havia pedido pelo correio ao Greenpeace exemplares do Guia do Consumidor, que distribuiu no escritório e na faculdade. O voluntário recifense participou da campanha contra os transgênicos e da expedição de energia.

Recife 2

"Quem não sabe o que é transgênico, faz confusão. Teve quem me perguntou onde era o supermercado Greenpeace". Emiliano Abad Monteiro de Melo, 16 anos, descobriu a campanha durante a visita ao caminhão da expedição de energias renováveis em Recife. Resolveu aparecer como voluntário, mas por ser menor de idade não pôde usar os trajes de mestre-cuca. Ainda assim, o ativista distribuiu vários Guias do Consumidor.

Fortaleza

"O povo está muito alienado, tinha muita gente que não queria nem saber. Era necessária uma abordagem direta para conseguir falar com as pessoas. O efeito, a gente só vai sentir a longo prazo". Paulo Eduardo Rolim Campos, 21 anos, soube da campanha por um amigo que trabalha na ONG Esplar.

 

22 Dezembro de 2004