O GRITO DA TERRA

04/10/2010 23:21

 

“ENVENENAR A TERRA É O MESMO QUE ENVENENAR A PLACENTA, QUE ESTÁ ALIMENTANDO TEU FILHO”.

- Sou um ser vivo e meu nome é Terra. Sou a casa do Homem. Sempre o acolhi e ofereci de graça, para ele: Moradia, oxigênio, água e alimento. Além de minha espetacular beleza...

- O tempo passa e não sou honrada. Deus criou-me e abençoou-me. O homem foi formado do meu pó... Bem depois de mim! Deus entregou-me por herança ao homem. Como cuida de sua velha mãe, o homem deveria cuidar melhor de mim. Só tenho recebido abandono, desprezo, desamor e pouca importância.

- Tudo o que consigo gerar, é para o uso humano e para outros seres que abrigo. Mas o homem é mesquinho, egoísta e quer ser o dono de tudo. Agride-me, fere-me e toma de mim, todas as minhas riquezas. Deixa-me cicatrizes profundas. Esta mina de diamantes, Leste da Sibéria (Rússia) fica próximo da cidade de Mirny. Tem 525 metros de profundidade e 1,25 km de diâmetro.

- O petróleo é arrancado de minhas entranhas e isto só me enfraquece. Poços são abertos e incendiados, com intenções vergonhosas e sádicas.

- O homem espalhou sobre mim, uma manta negra chamada asfalto. Com ela, não consigo transpirar como outrora. Sinto-me sufocada, febril e doente. Este cobertor de asfalto tem me dado muito calor. Não consigo tirá-lo, para refrescar-me.

- Arrancaram minhas vestes e me desnudaram. Minhas matas e florestas estão sendo destruídas, adulteradas e saqueadas.

 Veja parte de minhas cicatrizes...

-  A assolação estendeu-se sobre meu corpo. Lançaram fogo sobre minhas vestes... Poucos correm para socorrer-me. Muitos estão cegos e insensíveis. Observam-me agonizando, enquanto contam seus lucros insaciáveis.

-  Estou sendo vergonhosamente atacada e dizimada, pela implacável crueldade humana. Antes, minha chuva molhava as plantações. Agora a chuva ácida, é provocada pelo homem, exterminando minhas vegetações.

- Hidrelétricas possantes são construídas. Mas, a fauna, flora e rios, são sacrificados... As águas dos rios e dos mares formam o meu sangue.

- A camada de ozônio, minha proteção natural a teu favor, foi violentamente agredida.

-Asfixiam-me com detritos e gases (monóxido de carbono). (Pequenos atos de educação, não jogando papel no chão, ou lixo nos córregos, já me ajudariam).

-  A poluição desenfreada me contamina e me envenena, lentamente. Muitos seres estão pagando, com a própria vida. O homem pensa muito, em si mesmo.

- Sinto-me sozinha e indefesa. Bombas atômicas são explodidas impiedosamente. Testes nucleares são constantemente realizados sobre mim. Mísseis e outros artesanatos nocivos são desenvolvidos, com a intenção de matar.

- Minha superfície e biosfera estão desequilibradas. Já não sou a mesma jovem do passado, sinto-me fraca. Não consigo mais controlar minhas reações. Às vezes tenho tremores e sinto calores intensos, que não consigo esconder.

- Degelo, aquecimento global e enchentes, são alguns sinais das enfermidades, que lançaram sobre mim.

- Percebo que o homem realmente, não gosta de mim... É insensível aos meus tremores. Não ouve os meus gemidos e soluços. Mas, preciso gritar bem alto!

-  O homem não está percebendo minhas lágrimas... Minha voz está presente em meus sinais silenciosos...

- Sou uma das pequenas engrenagens do Universo. Observo inúmeros objetos lançados pelo homem, formando ao meu redor, o lixo espacial. Depois não reclamem, não exijam nada de mim...

- O homem acendeu uma bomba relógio contra si. " Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. " (Gálatas 6: 7)

- Existem muitas bandeiras, que devem ser respeitadas, não é? Existem muitas leis... E eu (a Terra), que te alimento e te carrego no colo, de dia e de noite... Tenho algum direito?

- Ouça meus últimos gritos:... Socorro! Ajuda-me! .. . Ainda dá tempo... Não me deixe ficar estéril. Tenho um compromisso contigo. . . . Mesmo ferida... . Preciso produzir grãos e alimentos. Para que possas viver! Esta é a tarefa que recebi de Deus: Cuidar de Você! Com proteção e Amor! Assinado:

 Texto Waldimir Diniras