POR QUE PAROU?

11/02/2011 22:24

 

 

 

 Por Lucélio Costa

 

Ter ideias geniais é sempre muito bom e motivador, entretanto, o fato de não visualizar a conclusão do que foi concebido é altamente frustrante e torna-se um fator de desmotivação com o passar do tempo. O exemplo disso é a recuperação da lagoa Paiaguás, pelo que foi noticiado tempo atrás pela imprensa e ficou entendido, que a Assembléia Legislativa de Mato Grosso se responsabilizaria pela urbanização da pequena Lagoa, que fica em frente prédio do legislativo mato-grossense.

 

Tempo depois, após a divulgação do projeto quem passava pelo local podia ver trabalhadores e máquinas em ação.  Mas passado o tempo, tudo que se vê hoje é um abandono de tudo que se falou a respeito, ou seja, a recuperação, a manutenção e a preservação ambiental da lagoa e seu entorno.

Dito isto, esperamos que tanto a Assembléia, o Estado e até mesmo o Município se incumbam de dar a este espaço uma direção mais social, em benefício do coletivo, onde as pessoas possam desfrutar do que a natureza nos propõe com mais estrutura e segurança, visto que ali já se perderam várias vidas.

Cuiabá se prepara para um mega evento, contesta-se que há muito que se fazer por toda parte da cidade, o tempo corre contra, e as nossas necessidades se pacificam com tudo aquilo que nos trás melhorias. São as benfeitorias planejadas e executadas pelos gestores dos espaços públicos que melhoram nossa qualidade de vida, não podemos aceitar que esta reconhecida área centralizada e exposta a todos esteja esquecida tão rapidamente.

 

Não podemos ignorar, mas avaliar e concluir que a história da lagoa Paiaguás perpassa entre dois momentos bem distintos: zelo e esquecimento. A Lagoa Paiaguás, quando era de interesse particular, na época que funcionava o Juliorama e depois o Luna Park, havia certa preocupação pelo local, tínhamos acesso fácil, limpeza e segurança, até o momento que sofreu intervenção governamental e foi “fechado”. Ficando a pequena lagoa exposta ao desalento e as empresas de limpas-fossas, que retiravam dali suas águas, e também lavavam seus caminhões de esgoto as vistas de todos transeuntes e usuários das vias ao seu entorno.

 

Hoje felizmente, proibiram estes absurdos que ali aconteciam, mas, é preciso mais conscientização sócio-ambiental do uso desse espaço, que não pode e não deve continuar ao abandono por falta de decisões políticas para se saber de quem pertence a sua administração, se ao Estado, a Assembléia ou, ao Município.

Afinal todos estão envolvidos num todo, que é exatamente o contexto histórico paisagístico, espacial, cultural e de lazer que se deixa de lado em uma área tão nobre desta bela capital.

É com primordial urgência o levantamento técnico ambiental para que se realize a ocupação urbana do local. Que se façam os estudos dos recursos naturais respeitando sempre as limitações exigidas pelos órgãos ambientais e do Estatuto da Cidade.