Se existe algo que é inexplicável, é querer explicar fatos estranhos para aqueles que visitam os pontos turísticos nos caminhos que nos leva ao município de Chapada dos Guimarães em Mato Grosso. Como dizer para um turista estrangeiro ou brasileiro, que viajam para conhecer nossas paisagens naturais no entorno de Cuiabá, e encontram alguns pontos de extremas belezas cênicas totalmente isoladas por tapumes metálicos.
Isso é fato em nosso cotidiano, as condições atuais em que se encontram alguns pontos turísticos, tais como: o Portão do inferno, a Salgadeira, entre outros. Sem qualquer infraestrutura, desde o simples acesso e sanitários, indo até de abandono total, despertando impressões de que a natureza se perde ao longo do caminho.
Sabe-se que este problema encontra-se há meses em discussão, sem que os gestores de governos cheguem a uma conclusão definitiva para divulgar a população, que por lógica deveria ter dos mesmos o respeito aos seus direitos de compartilharem a natureza como ela é.
Corre-se o risco de que algo tão belo aos olhos de quem vê continuar perdido neste imbróglio político se traduzindo numa gestão que fere frontalmente o que consta no art. 225, da Constituição Brasileira, em seus incisos e parágrafos que versam acerca das questões ambientais.
A poluição visual é o que mais destoa em alguns pontos, sendo o que mais nos chama atenção nos pontos turísticos é deparamos com aquelas placas metálicas e torres de transmissão de dados introduzidas ao meio ambiente, descaracterizando totalmente os locais em meio à natureza.
Reportando a um ponto específico, o MIRANTE DA CHAPADA, o centro geodésico da América do Sul, este também abandonado, porém o que nos chama mais atenção é justamente a ineficácia da administração pública local. Primeiramente nota-se a falta da placa de identificação do Marco, restando tão somente à base de cimento, falta qualquer tipo de informação para quem visita este belíssimo lugar de tamanho esplendor visual, com seu acesso totalmente esburacado pela ação do tempo, sem qualquer infraestrutura aos turistas; e o pior de tudo, são as erosões que se formam pelas ações das chuvas, colocam em risco, boa parte de seus paredões que ao passar dos tempos se apresentam com rachaduras enormes, sem que nada seja feito para minimizar este grande problema. Pode-se dizer que existem sim o risco de acidentes com perdas de vidas naqueles locais, e não será com avisos neófitos lá colocadas que evitarão um mal maior.
Foi vergonhoso para os poucos guias como eu, tentar achar palavras que justificassem todo aquele abandono, temos certezas que os estrangeiros de um modo geral, não terão muito para dizer quando do seu retorno aos seus países, estados ou cidades, ou terão? Sim, claro que sim! Adivinhe o que falarão dos Caminhos da Chapada, o que terão em suas lentes fotográficas para mostrar aos seus parentes e amigos?
Se o poder Público não agir de forma midiática, todos nos perderemos; cuiabanos, mato-grossenses, brasileiros e turistas estrangeiros que nos visitam. Não podemos esquecer que estamos na véspera de um grande evento, e muitos turistas escolherão a Chapada para visitarem as suas cachoeiras, mirantes, canyons, cavernas, morros entre muitas outras atrações.
2014, A COPA DO PANTANAL, não pode ser só de pantanal!
Lucélio Costa
