A QUEM INTERESSAR POSSA

14/11/2010 20:32

 

O que está acontecendo com as normas de desburocratização no Brasil, no que tange “visto de entrada” nos países que mantém relações diplomáticas recíprocas.

Tomar a decisão de estudar fora do país de origem não é tão simples quando pode parecer. O lado psicológico precisa está ajustado para aguentar às exigências. Não bastasse toda essa pressão, estudantes brasileiros que necessitam fazer cursos tais como mestrados, doutorados dentre outros, não conseguem mais retirar seus documentos em seus estados de origem. O novo procedimento burocrático exige que os postulantes procurem a embaixada em São Paulo, Recife ou Brasília para providenciarem os seus documentos, dentre eles o registro da fotografia e impressões digitais, o que já se encontram nos novos modelos de passaportes.

O que isto causa aos estudantes brasileiros? Para algumas pessoas isto não é nada, mas para uma grande maioria de estudantes que adquirem bolsas para completarem seus estudos fora do Brasil, é mais que um problema, é um abuso! É uma falta de consideração. Que além da grande perturbação, perda de tempo, torna-se um processo burocrático caro, complicado e incerto.

Será obra da burocracia e ineficiência? Ou uma forma de retaliação? Realmente temos mais perguntas do que respostas. Mas tá na hora de algum Promotor Federal colocar as mesmas normas para os estrangeiros, tal como foi feito há alguns anos atrás com os americanos, que impunha aos brasileiros vexames ao desembarcarem em seu país.

Sabemos que o Brasil é um dos países mais receptivos e a recíproca tem que ser verdadeira. Porque não seguir o exemplo da Irlanda que tem se destacado junto a estudantes brasileiros justamente por não exigirem visto de entrada, basta apresentar a carta de confirmação da escola, da acomodação e comprovar ter fundos suficientes para se manter no país ao agente de imigração no aeroporto em Dublin, e o estudante recebe um visto provisório de 1 mês e dentro deste prazo deve regularizar sua situação como estudante no departamento de imigração GNB (Garda National Bureau). Ainda tem mais, permite que estudantes matriculados em cursos de pelo menos seis meses trabalhem legalmente por até 20 horas semanais.

Agilidade nas questões burocráticas é o meu desejo, mas será que existem pessoas dispostas a mudar essa situação? A quem interessa possa transformar, ajudando milhares de estudantes terem a oportunidade de uma educação diferenciada. 

Lucélio Costa – Bacharel em Direito, Funcionário Público, Professor de Capoeira, Ambientalista, Membro da ONG Garra, Membro da Executiva do PV de MT, Carioca de Nascimento, morando em Cuiabá desde 1974, Cidadão Cuiabano - Título concedido em abril de 2010.

 

Atenção: Permitido a reprodução desde citada a fonte