GUANANDI : O NOVO OURO VERDE

14/12/2010 20:12

Escrito por: Flávio

 

Diversidade de produtos, facilidade de adaptação e madeira nobre e resistente são marcas registradas da espécie; Além de auxiliar no reflorestamento e na preservação ambiental, a árvore oferece altos rendimentos aos produtores rurais

 

Guarda-roupa, creme rejuvenescedor, remédio cicatrizante: estas são só algumas das possíveis aplicações do Guanandi (Calophyllum brasiliense Cambess.). Também conhecido como Jacareúba e Santa-Maria, o Guanandi é uma árvore nativa brasileira, presente nos biomas da Amazônia, da Mata Atlântica e do Cerrado.

Considerada madeira de lei desde 1835, a espécie possui grande potencial de adaptação, ocorrendo em áreas pouco férteis, pedregosas, rasas ou sujeitas a inundações. Isso mesmo, o Guanandi pode crescer até embaixo d’água!

A resistência ao apodrecimento foi, inclusive, um dos fatores que determinaram a larga utilização da árvore como matéria-prima da indústria naval, nos tempos da coroa portuguesa. Hoje em dia, ela é empregada, também, com fins paisagísticos, e suas flores na produção de mel de alta qualidade.

O látex da casca do Guanandi, popularmente chamado de bálsamo de landim, é usado na fabricação de medicamentos contra úlceras do gado e possuem, ainda, ótimo poder cicatrizante. Já as sementes têm encontrado na indústria de cosméticos um mercado promissor, em virtude da pureza do óleo extraído (44%).

No entanto, o que promete impulsionar o cultivo de Guanandi no futuro é a madeira nobre, sendo, por sua semelhança, uma das substitutas ideias ao Mogno (já ameaçado pela extração predatória e ilegal).

Ao contrário do Mogno nativo, cujo corte afeta toda a vida vegetal ao seu redor, o Guanandi consegue estabelecer florestas puras, evitando, assim, a derrubada de grandes áreas e otimizando o manejo. Quando plantada em sistemas não agressivos à natureza, a espécie possui, ainda, resistência à Broca das Meliáceas.

Financeiramente, o Guanandi é, também, uma cultura bastante atrativa. Além de preservar e fornecer alimento à fauna local, por ser nativa, a espécie pode ser utilizada em áreas de reflorestamento e manejada de acordo com a legislação.

Os custos de implantação são próximos aos do eucalipto, por exemplo: R$ 2.385,00 anuais para cada 5 hectares, durante 18,5 anos; e o preço para o corte pode ir de R$ 2 mil a R$ 3 mil por metro cúbico, o que, numa área de 5 hectares - em 18,5 anos-, gera uma receita líquida de, aproximadamente, R$ 6,4 milhões.

E há quem já esteja disposto a pagar o preço por um produto de qualidade, mas que seja ambientalmente responsável e com alto valor agregado. Muitos compradores europeus, japoneses e norte-americanos dão preferência a esse tipo de corte, o que indica uma forte tendência econômica para o futuro.

Já pensou em viajar por uma estrada, margeada por um campo repleto de Guanandis? É a natureza mostrando ser possível conciliar preservação ambiental e bons rendimentos econômicos!

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